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sábado, 25 de fevereiro de 2012
-SONETO DO VENTO-
Nas frias madrugadas, teus gemidos Os escuto. Minh'alma, em agitação, Parece entender os teus ais sofridos De profunda e febril lamentação. Na noite, insone, fico a te escutar. Qual um lobo a uivar à branca Lua, Ó vento etéreo de ignoto vagar, O meu ser, como em transe, em ti flutua... Pervagante, entras em mim, gemibundo, Após correr em todas direções A esmo, perdido em teu remoto mundo. À dor dos párias, vejo teus apelos Tristonhos e ululantes de moções. Já teu açoite fustiga-me os cabelos! (A.) J. Udine.
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